A MULHER LOIRA
Certa vez, Maria de Lourdes Garcia entrou na casa da fazenda Leme. Passando em frente a sala de jantar, reparou que na mesa enorme de madeira encontrava-se uma mulher loira escrevendo em um pedaço de papel. Como a mulher estava muito concentrada, Maria passou por ela sem dizer nada.
Chegando na cozinha onde estava muitas pessoas tomando café perguntou:
___Quem é aquela mulher loira que está na sala de jantar?
O pessoal apenas respondeu:
___Que mulher loira?
___Aquela que está escrevendo na mesa da sala de jantar! Respondeu Maria.
Haroldo, Silvia (proprietários da fazenda) e Adão (filho dos proprietários) que estavam na cozinha foram verificar quem era a pessoa que Maria estava falando.
Quando chegaram na sala de jantar, ficaram surpresos, pois na mesma não se encontrava ninguém. Olharam de fora da casa, mas não tinha nenhum sinal da misteriosa mulher loira.
segunda-feira, 14 de abril de 2008
LENDAS DE ASSOMBRAÇÕES DO SERTÃO DAS CARRANCAS
Como diz o grande escritor de contos de assombração Gilberto Freyre:
___As assombrações andam pelo Brasil inteiro, tendo o mesmo caso em regiões diferentes...
Assombrações como: bater na porta, cair pedra dentro de casa, escutar barulho de corrente ou de pessoas andando, objetos que se mechem são comuns em vários lugares do Brasil.
Os casos contados abaixo são todos acontecidos em Carrancas - MG são casos que permaneceram na memória de seus habitantes e foram passados de geração para geração.
A PORTEIRA DO ÓLEO
Entre as terras do Valinho e a Jabiraca, região leste do município de Carrancas, existe uma porteira de madeira grande e pesada que dizem ser mal assombrada. Ela está do lado de uma grande e antiga árvore de óleo, daí o nome porteira do óleo.
Alguns moradores da região dizem ter visto uma forte luz na porteira, parecendo uma bola de fogo, outros dizem que ela bate sozinha.
O MENINO MISTERIOSO
O senhor Haroldo Teixeira de Andrade tinha saído cedo da fazenda Leme para campear uma vaca que estava desaparecida. Algum tempo depois voltou para casa sem pista alguma do animal.
Pessoas que estavam na casa viram ele chagando pela janela com um menino mulato na garupa de seu cavalo.
Quando entrou em casa, perguntaram-lhe quem era o menino que veio engarupado com ele.
Surpreso com a pergunta, respondeu que não tinha trazido ninguém na garupa de seu cavalo. Foi para cozinha e tomou um café. Logo depois saindo na porta principal da casa, avistou um menino mulato em cima do muro de pedra do curral. Gritou com ele para descer, pois poderia cair ou derrubar alguma pedra. O menino só ria e gargalhava para ele. Irritado com o deboche, voltou para dentro de casa para pegar um reio que estava atrás da porta da sala. Quando saiu da casa com o reio na mão, o menino mulato tinha desaparecido misteriosamente.
O CANTO DO CARRO DE BOI
A muitos anos atrás, quando ainda levava os caixões no carro de boi para serem enterrados nas capelas, existia dois irmãos fazendeiros que moravam no sertão das Carrancas.
Uma briga por causa da partilha da herança levou os dois a ficarem inimigos para o resto da vida. Quando um dos irmãos morreu, preparam o carro de boi para levar o caixão até o cemitério na capela do Espírito Santo.
A estrada que levava para o cemitério passava dentro da fazenda do irmão inimigo, dentro do curral bem perto da casa de morada.
O cortejo saiu da fazenda do morto, muitos familiares seguiram a pé junto do carro que transportava o defunto, menos a família do irmão inimigo.
O carro de boi era muito grande e precisava de muito peso para cantar (som característico emitido pelo eixo do carro).
As duas fazendas ficavam longe uma da outra, e o irmão inimigo ficou esperando com sua família na janela de sua casa o carro passar com o morto.
O cortejo já vinha pela estrada no maior silêncio do mundo, pois para o carro de boi cantar precisava de muito peso, pois o caixão com o corpo eram muito leve para fazer o carro cantar.
O irmão do morto estava ansioso para passar logo o enterro em frente de sua casa, não iria seguir junto com os parentes o enterro, porque até depois de morto o irmão ainda o odiava.
Foi então que apareceu o carro no alto do morro, muitas pessoas acompanhavam em silêncio. O irmão inimigo já tinha deixado as porteiras do curral abertas para passarem logo por sua residência.
Todos que estavam na casa se dirigiram para as janelas inclusive o irmão inimigo, ficou em silêncio vendo a multidão se aproximar com o caixão.
Quando o carro de boi entrou no curral da fazenda, começou a cantar, parecia que estava carregando uma tonelada, as pessoas que acompanhavam o enterro ficaram assustadas, pois o carro ainda não tinha cantado nenhuma vez no percurso. O carro de boi cantou tão alto que o eco vinha de longe. Quando o carro saiu do curral da fazenda ficou em silêncio, e não mais cantou até chegar ao cemitério.
___As assombrações andam pelo Brasil inteiro, tendo o mesmo caso em regiões diferentes...
Assombrações como: bater na porta, cair pedra dentro de casa, escutar barulho de corrente ou de pessoas andando, objetos que se mechem são comuns em vários lugares do Brasil.
Os casos contados abaixo são todos acontecidos em Carrancas - MG são casos que permaneceram na memória de seus habitantes e foram passados de geração para geração.
A PORTEIRA DO ÓLEO
Entre as terras do Valinho e a Jabiraca, região leste do município de Carrancas, existe uma porteira de madeira grande e pesada que dizem ser mal assombrada. Ela está do lado de uma grande e antiga árvore de óleo, daí o nome porteira do óleo.
Alguns moradores da região dizem ter visto uma forte luz na porteira, parecendo uma bola de fogo, outros dizem que ela bate sozinha.
O MENINO MISTERIOSO
O senhor Haroldo Teixeira de Andrade tinha saído cedo da fazenda Leme para campear uma vaca que estava desaparecida. Algum tempo depois voltou para casa sem pista alguma do animal.
Pessoas que estavam na casa viram ele chagando pela janela com um menino mulato na garupa de seu cavalo.
Quando entrou em casa, perguntaram-lhe quem era o menino que veio engarupado com ele.
Surpreso com a pergunta, respondeu que não tinha trazido ninguém na garupa de seu cavalo. Foi para cozinha e tomou um café. Logo depois saindo na porta principal da casa, avistou um menino mulato em cima do muro de pedra do curral. Gritou com ele para descer, pois poderia cair ou derrubar alguma pedra. O menino só ria e gargalhava para ele. Irritado com o deboche, voltou para dentro de casa para pegar um reio que estava atrás da porta da sala. Quando saiu da casa com o reio na mão, o menino mulato tinha desaparecido misteriosamente.
O CANTO DO CARRO DE BOI
A muitos anos atrás, quando ainda levava os caixões no carro de boi para serem enterrados nas capelas, existia dois irmãos fazendeiros que moravam no sertão das Carrancas.
Uma briga por causa da partilha da herança levou os dois a ficarem inimigos para o resto da vida. Quando um dos irmãos morreu, preparam o carro de boi para levar o caixão até o cemitério na capela do Espírito Santo.
A estrada que levava para o cemitério passava dentro da fazenda do irmão inimigo, dentro do curral bem perto da casa de morada.
O cortejo saiu da fazenda do morto, muitos familiares seguiram a pé junto do carro que transportava o defunto, menos a família do irmão inimigo.
O carro de boi era muito grande e precisava de muito peso para cantar (som característico emitido pelo eixo do carro).
As duas fazendas ficavam longe uma da outra, e o irmão inimigo ficou esperando com sua família na janela de sua casa o carro passar com o morto.
O cortejo já vinha pela estrada no maior silêncio do mundo, pois para o carro de boi cantar precisava de muito peso, pois o caixão com o corpo eram muito leve para fazer o carro cantar.
O irmão do morto estava ansioso para passar logo o enterro em frente de sua casa, não iria seguir junto com os parentes o enterro, porque até depois de morto o irmão ainda o odiava.
Foi então que apareceu o carro no alto do morro, muitas pessoas acompanhavam em silêncio. O irmão inimigo já tinha deixado as porteiras do curral abertas para passarem logo por sua residência.
Todos que estavam na casa se dirigiram para as janelas inclusive o irmão inimigo, ficou em silêncio vendo a multidão se aproximar com o caixão.
Quando o carro de boi entrou no curral da fazenda, começou a cantar, parecia que estava carregando uma tonelada, as pessoas que acompanhavam o enterro ficaram assustadas, pois o carro ainda não tinha cantado nenhuma vez no percurso. O carro de boi cantou tão alto que o eco vinha de longe. Quando o carro saiu do curral da fazenda ficou em silêncio, e não mais cantou até chegar ao cemitério.
O ROTEIRO DE PADRE LOURENÇO DE TOLEDO TAQUES
No Sertão das Carrancas vivia um padre que era muito estimado pelo povo. Pois era muito bondoso, ajudava os pobres e vivia uma vida simples sem regalias e bens materiais.
Já estava idoso e tinha muitos anos que era vigário naquela freguesia. Estava cansado e fraco, pois suas ovelhas de Cristo tomavam todo o seu tempo para fazer confissões.
Todos os dias acordava e ia direto para a igreja matriz para escutar as confissões das beatas. Algumas iam todos os dias para se confessarem e pedir-lhe a absolvição dos pecados cometidos. Ao terminar todas as confissões as mulheres sentiam-se mais aliviadas, e o padre Toledo Taques cansado de tantas confissões.
Então o padre em certa noite teve a idéia de dividir o trabalho das confissões das mulheres. Organizou um roteiro que seria lido na missa do próximo domingo na matriz da freguesia.
No domingo marcado, quando terminou a missa, o padre pediu um minuto da atenção dos fiéis da paróquia, pois iria ler o roteiro das confissões das mulheres. E falou assim:
___Minhas queridas devotas de Cristo! Estou velho e cansado, tenho trabalhado muito ultimamente com as confissões. Como o número de mulheres pecadoras cresceu muito nesses tempos para cá, resolvi fazer um roteiro para agilizar o serviço do confessionário e diminuir o trabalho que eu estava tendo com o grande número de confissões. A partir dessa semana as confissões serão assim: na segunda-feira confessarei as maldizentes. Na terça-feira as ladras. Na quarta-feira as hipócritas. Na quinta-feira as bêbadas e infiéis aos maridos. Na sexta-feira as feiticeiras e mentirosas. No sábado as preguiçosas e no domingo as comilonas e outros tipos de pecados.
Desse dia por diante nenhuma daquelas santas beatas voltou a confessar naquela freguesia, e o padre Lourenço de Toledo Taques viveu ainda muitos anos na santa paz do Senhor.
Já estava idoso e tinha muitos anos que era vigário naquela freguesia. Estava cansado e fraco, pois suas ovelhas de Cristo tomavam todo o seu tempo para fazer confissões.
Todos os dias acordava e ia direto para a igreja matriz para escutar as confissões das beatas. Algumas iam todos os dias para se confessarem e pedir-lhe a absolvição dos pecados cometidos. Ao terminar todas as confissões as mulheres sentiam-se mais aliviadas, e o padre Toledo Taques cansado de tantas confissões.
Então o padre em certa noite teve a idéia de dividir o trabalho das confissões das mulheres. Organizou um roteiro que seria lido na missa do próximo domingo na matriz da freguesia.
No domingo marcado, quando terminou a missa, o padre pediu um minuto da atenção dos fiéis da paróquia, pois iria ler o roteiro das confissões das mulheres. E falou assim:
___Minhas queridas devotas de Cristo! Estou velho e cansado, tenho trabalhado muito ultimamente com as confissões. Como o número de mulheres pecadoras cresceu muito nesses tempos para cá, resolvi fazer um roteiro para agilizar o serviço do confessionário e diminuir o trabalho que eu estava tendo com o grande número de confissões. A partir dessa semana as confissões serão assim: na segunda-feira confessarei as maldizentes. Na terça-feira as ladras. Na quarta-feira as hipócritas. Na quinta-feira as bêbadas e infiéis aos maridos. Na sexta-feira as feiticeiras e mentirosas. No sábado as preguiçosas e no domingo as comilonas e outros tipos de pecados.
Desse dia por diante nenhuma daquelas santas beatas voltou a confessar naquela freguesia, e o padre Lourenço de Toledo Taques viveu ainda muitos anos na santa paz do Senhor.
LENDA DOS TATUS BRANCOS
Quando os bandeirantes chegavam na serra da Mantiqueira vindos de São Paulo, já ficavam preocupados com os tatus brancos que atacavam no sertão. Os tatus eram índios que moravam na região e se abrigavam em muitas cavernas secas em suas serras. Eram canibais e atacavam durante a noite os acampamentos dos exploradores. Enxergavam melhor que uma coruja na escuridão, conheciam as trilhas e todas as noites iam atrás de suas presas. Muitos bandeirantes que desapareceram nessa época, provavelmente foram mais vítimas dos temíveis tatus.
Os tatus brancos moravam na mesma região que os índios Cataguás (sul de Minas Gerais). Receberam esse apelido porque se abrigavam em cavernas, e pintavam o corpo com argila branca.
Foi então que organizaram uma bandeira em São Paulo para atacarem os tatus e destruílos, pois o medo dos bandeirantes no sertão era constante.
Foram convocados os melhores homens, e marcharam rumo ao sertão para cumprir a missão.
Chegando ao sertão, fizeram um acampamento em um local onde já tinham desaparecido vários bandeirantes. Ficaram então esperando os tatus atacarem.
Foi quando começaram a escultar barulho de pessoas andando na mata, um bandeirante comentou:
____Escutem todos! São eles chegando! Conheço esse barulho na mata! Eles têm faro de cachorro! Se não fugirmos agora seremos devorados!
O chefe da bandeira estava apavorado, mais queria encontrar cara a cara com os terríveis tatus.
Então o barulho foi se aproximando cada vez mais do acampamento. Os bandeirantes apavorados esperavam o ataque com garruchas nas mãos, espada e faca na cintura.
Der repente o barulho na mata acabou. Escutavam só os grilos. Então os tatus começaram a uivar como lobos. Parecia que tinha centenas deles no meio da mata. Não suportando aquele barulho infernal, os bandeirantes começaram a atirar par todos os lados.
Só que os tatus já estavam acostumados com o barulho das armas de fogo, e enfrentavam qualquer desafio para conseguir carne humana.
Acabando as munições, os bandeirantes começaram a fazer nova recarga. Então uma chuva de flechas e lanças caiu sobre o acampamento. Começou então uma gritaria de pessoas feridas, foi quando os tatus abandonaram o mato e começaram o ataque corpo a corpo. Usavam lanças de madeira e porretes. Em poucos instantes, vivos, mortos, desmaiados, todos foram arrastados para dentro da mata. Apenas um bandeirante sobreviveu. Pois parece que os tatus iam deixar um para engorda. O sobrevivente acordou em uma caverna no meio da serra depois de levar uma paulada na cabeça.
Olhou em sua volta e viu que índios o vigiavam com lanças na mão. Observou e viu que o corpo dos indígenas eram pintados com listras branca. Reparou um índio que estava do seu lado, e percebeu que se tratava de uma mulher. Foi quando os outros indígenas saíram para a mata e ele ficou sozinho com a índia o vigiando.
Os dois ficaram se olhando por um bom tempo. O bandeirante sabia que naquela instante seus amigos estavam todos mortos, e ele mesmo se tentasse uma fuga seria logo capturado, pois estava perdido na serra.
A índia olhava com compaixão o prisioneiro, seus olhos azuis facinavam-a, e a índia começou a se comover com a tristeza de sua presa. Ninguém entendia a língua do outro e der repente à índia fez um sinal para o bandeirante ir embora. Ele levantou-se, a índia sorriu para ele. Desesperado saiu correndo pela mata, ficou dias caminhando na serra até encontrar um acampamento de um outro grupo de bandeirantes que vinha do sul da região, foi onde contou o ocorrido e se formou a lenda dos tatus brancos.
Os tatus brancos moravam na mesma região que os índios Cataguás (sul de Minas Gerais). Receberam esse apelido porque se abrigavam em cavernas, e pintavam o corpo com argila branca.
Foi então que organizaram uma bandeira em São Paulo para atacarem os tatus e destruílos, pois o medo dos bandeirantes no sertão era constante.
Foram convocados os melhores homens, e marcharam rumo ao sertão para cumprir a missão.
Chegando ao sertão, fizeram um acampamento em um local onde já tinham desaparecido vários bandeirantes. Ficaram então esperando os tatus atacarem.
Foi quando começaram a escultar barulho de pessoas andando na mata, um bandeirante comentou:
____Escutem todos! São eles chegando! Conheço esse barulho na mata! Eles têm faro de cachorro! Se não fugirmos agora seremos devorados!
O chefe da bandeira estava apavorado, mais queria encontrar cara a cara com os terríveis tatus.
Então o barulho foi se aproximando cada vez mais do acampamento. Os bandeirantes apavorados esperavam o ataque com garruchas nas mãos, espada e faca na cintura.
Der repente o barulho na mata acabou. Escutavam só os grilos. Então os tatus começaram a uivar como lobos. Parecia que tinha centenas deles no meio da mata. Não suportando aquele barulho infernal, os bandeirantes começaram a atirar par todos os lados.
Só que os tatus já estavam acostumados com o barulho das armas de fogo, e enfrentavam qualquer desafio para conseguir carne humana.
Acabando as munições, os bandeirantes começaram a fazer nova recarga. Então uma chuva de flechas e lanças caiu sobre o acampamento. Começou então uma gritaria de pessoas feridas, foi quando os tatus abandonaram o mato e começaram o ataque corpo a corpo. Usavam lanças de madeira e porretes. Em poucos instantes, vivos, mortos, desmaiados, todos foram arrastados para dentro da mata. Apenas um bandeirante sobreviveu. Pois parece que os tatus iam deixar um para engorda. O sobrevivente acordou em uma caverna no meio da serra depois de levar uma paulada na cabeça.
Olhou em sua volta e viu que índios o vigiavam com lanças na mão. Observou e viu que o corpo dos indígenas eram pintados com listras branca. Reparou um índio que estava do seu lado, e percebeu que se tratava de uma mulher. Foi quando os outros indígenas saíram para a mata e ele ficou sozinho com a índia o vigiando.
Os dois ficaram se olhando por um bom tempo. O bandeirante sabia que naquela instante seus amigos estavam todos mortos, e ele mesmo se tentasse uma fuga seria logo capturado, pois estava perdido na serra.
A índia olhava com compaixão o prisioneiro, seus olhos azuis facinavam-a, e a índia começou a se comover com a tristeza de sua presa. Ninguém entendia a língua do outro e der repente à índia fez um sinal para o bandeirante ir embora. Ele levantou-se, a índia sorriu para ele. Desesperado saiu correndo pela mata, ficou dias caminhando na serra até encontrar um acampamento de um outro grupo de bandeirantes que vinha do sul da região, foi onde contou o ocorrido e se formou a lenda dos tatus brancos.
ORIGEM DA VILA DE LUMINÁRIAS E SUAS LUZES MISTERIOSAS
A vila de Luminárias, antigamente denominada Nossa Senhora do Carmo de Luminárias surgiu em 1798. Esse no me Luminárias surgiu porque apareciam pontos luminosos perto da serra do navio. Essas luzes misteriosas que brilhavam a noite e às vezes perseguiam pessoas, despertou a curiosidade de muitos. A ocorrência das luzes foi tão impressionante que no local onde apareciam a serra começou a se chamada de serra de Luminárias e logo a cidade passou a ter o mesmo nome.
Essas luzes são vistas frequentemente nas cidades de Carrancas, Luminárias e São Tomé das Letras. Mas esse fenômeno estranho para muitos não passa de um simples raio esférico.
O raio esférico é um fenômeno raro de acontecer, mas em determinadas regiões aparecem com mais freqüência. Enquanto o relâmpago comum cai do céu como um dardo, ou sobe da terra, o raio esférico é como um meteoro, com uma cauda que desloca perto do chão. Em geral acompanha linhas telefônicas, de energia ou serras por alguns segundos e depois desaparece. Há ocorrências de “bolas de fogo” entrarem em casas ou andarem ao lado de automóveis. No entanto, como esse fenômeno é de pouca ocorrência e sua passagem extremamente fugaz, os cientistas só começaram a estudar o assunto em meados do século XX e ainda não encontraram sua verdadeira explicação. Mas já existem algumas características como o tamanho de 15 a 50 centímetros de diâmetro, forma esférica, alongada ou oval. Tem cores variadas como o branco alaranjado ou azul. Elas seguem trajetos retilíneos ou em ampla curvatura, flutuam a esmo acima do solo durante alguns minutos. As “bolas de fogo” tendem a ocorrer em locais de ar estacionário, como em pântanos, vales ou depressões.
Essas luzes são vistas frequentemente nas cidades de Carrancas, Luminárias e São Tomé das Letras. Mas esse fenômeno estranho para muitos não passa de um simples raio esférico.
O raio esférico é um fenômeno raro de acontecer, mas em determinadas regiões aparecem com mais freqüência. Enquanto o relâmpago comum cai do céu como um dardo, ou sobe da terra, o raio esférico é como um meteoro, com uma cauda que desloca perto do chão. Em geral acompanha linhas telefônicas, de energia ou serras por alguns segundos e depois desaparece. Há ocorrências de “bolas de fogo” entrarem em casas ou andarem ao lado de automóveis. No entanto, como esse fenômeno é de pouca ocorrência e sua passagem extremamente fugaz, os cientistas só começaram a estudar o assunto em meados do século XX e ainda não encontraram sua verdadeira explicação. Mas já existem algumas características como o tamanho de 15 a 50 centímetros de diâmetro, forma esférica, alongada ou oval. Tem cores variadas como o branco alaranjado ou azul. Elas seguem trajetos retilíneos ou em ampla curvatura, flutuam a esmo acima do solo durante alguns minutos. As “bolas de fogo” tendem a ocorrer em locais de ar estacionário, como em pântanos, vales ou depressões.
ORIGEM DA VILA DE ITUMIRIM, LAVRAS, SERRANOS E ROSÁRIO.
Itumirin tem origem em uma história de amor. Goulart Brum, comerciante, apaixonou-se pela filha do bandeirante Amador Bueno, da mesma família de Armador Bueno “O Aclamado” rei do Brasil em São Paulo. Armador Bueno era um rico fazendeiro, e sua fazenda ficava onde se encontra o município de Itumirin hoje. Ele era contra o casamento da filha com um simples comerciante de bugigangas. Amador era da nobre família Bueno, de famosos bandeirantes que desbravaram o Brasil. Queria um noivo para sua filha que fosse mesma nobreza que a dela.
Irritado com a proibição do casamento, Goulart planejou uma fuga com a filha de Amador. Certa noite pegou seu cavalo e foi em direção a fazenda, burlando a vigilância dos empregados, fugiu com a moça para o arraial de Campanha. Ali se casaram e ficaram escondidos na região por alguns dias.
Goulart sabia que Amador iria mandar seus empregados para acharem os fugitivos. Com esse temor, tomou coragem e decidiu voltar com sua esposa para a fazenda do sogro e se entregar. Pois já tinha ouvido falar das ameaças do sogro.
Chegando na fazenda, todos ficaram surpresos com a coragem de Goulart. Amador quando viu ele e a sua filha teve vontade de matar ele ali mesmo. Mas olhou para sua filha e viu que ela realmente gostava de Goulart. Pensou alguns minutos sem dizer nada, e derrepente falou:
___Vou perdoar vocês dois e abençôo o casamento...
A família de Amador chegou no Sertão das Carrancas em 1720. Era uma bandeira com várias integrantes que vinha de São Paulo para explorarem o grande sertão.
Aportou primeiro nas margens do rio Grande no município de São João Del’ Rei. Faziam para dessa bandeira: Capitão Francisco Luiz Bueno da Fonseca, seus filhos, Capitão Manuel Francisco Xavier Bueno, Pascoal Leite Pais, Salvador Jorge Bueno, Capitão - Mor Diogo Bueno da Fonseca, Capitão de cavalos Pedro da Silva Miranda com alguns escravos e parentes. Deram o nome de Nossa Senhora da conceição do Rosário da cachoeira do rio Grande, e ali construíram uma capela com o mesmo nome. Possuíam muitas terras e começaram a povoar e explorar ouro na região.
Anos depois fundaram a cidade de Lavras. O primeiro nome foi Lavras do Funil e surgiu por volta de 1729 com a descoberta de ouro. Quem descobriu ouro em Lavras o bandeirante Capitão Francisco Luiz Bueno da Fonseca.
Lavras do Funil cresceu rapidamente por causa das minas de ouro. Em 1751 foi construída uma capela de dedicada a Santa Ana. O povoado em 1760 já possuía mais habitantes que o povoado de Carrancas, sede da freguesia.
Os filhos de Francisco Bueno fundaram a capela de Nossa Senhora da Conceição do Rosário dos Serranos, onde tem início a origem de Serranos.
O Capitão Mor Francisco Bueno da Fonseca de acordo com o livro de óbito nº. 1 de Lavras (do arquivo público), morreu em 1752 com mais de 80 anos de idade.
Irritado com a proibição do casamento, Goulart planejou uma fuga com a filha de Amador. Certa noite pegou seu cavalo e foi em direção a fazenda, burlando a vigilância dos empregados, fugiu com a moça para o arraial de Campanha. Ali se casaram e ficaram escondidos na região por alguns dias.
Goulart sabia que Amador iria mandar seus empregados para acharem os fugitivos. Com esse temor, tomou coragem e decidiu voltar com sua esposa para a fazenda do sogro e se entregar. Pois já tinha ouvido falar das ameaças do sogro.
Chegando na fazenda, todos ficaram surpresos com a coragem de Goulart. Amador quando viu ele e a sua filha teve vontade de matar ele ali mesmo. Mas olhou para sua filha e viu que ela realmente gostava de Goulart. Pensou alguns minutos sem dizer nada, e derrepente falou:
___Vou perdoar vocês dois e abençôo o casamento...
A família de Amador chegou no Sertão das Carrancas em 1720. Era uma bandeira com várias integrantes que vinha de São Paulo para explorarem o grande sertão.
Aportou primeiro nas margens do rio Grande no município de São João Del’ Rei. Faziam para dessa bandeira: Capitão Francisco Luiz Bueno da Fonseca, seus filhos, Capitão Manuel Francisco Xavier Bueno, Pascoal Leite Pais, Salvador Jorge Bueno, Capitão - Mor Diogo Bueno da Fonseca, Capitão de cavalos Pedro da Silva Miranda com alguns escravos e parentes. Deram o nome de Nossa Senhora da conceição do Rosário da cachoeira do rio Grande, e ali construíram uma capela com o mesmo nome. Possuíam muitas terras e começaram a povoar e explorar ouro na região.
Anos depois fundaram a cidade de Lavras. O primeiro nome foi Lavras do Funil e surgiu por volta de 1729 com a descoberta de ouro. Quem descobriu ouro em Lavras o bandeirante Capitão Francisco Luiz Bueno da Fonseca.
Lavras do Funil cresceu rapidamente por causa das minas de ouro. Em 1751 foi construída uma capela de dedicada a Santa Ana. O povoado em 1760 já possuía mais habitantes que o povoado de Carrancas, sede da freguesia.
Os filhos de Francisco Bueno fundaram a capela de Nossa Senhora da Conceição do Rosário dos Serranos, onde tem início a origem de Serranos.
O Capitão Mor Francisco Bueno da Fonseca de acordo com o livro de óbito nº. 1 de Lavras (do arquivo público), morreu em 1752 com mais de 80 anos de idade.
ORIGEM DA VILA DE SÃO VICENTE DE MINAS
Em São Vicente de Minas a história da origem da cidade está ligada à descoberta de uma imagem.
Francisco José de Andrade e Mello tinha uma fazenda na região. A fazenda era muito grande, com terras muito boas para o plantio e criação de gado. Como era rico possuía alguns escravos.
Um dia a fazenda ficou sem água, uma represa arrebentou e foi preciso ir até a nascente para fazer um rego de água para chegar novamente água na fazenda. Francisco saiu com alguns escravos. Chegando na mata, que era muito fechada, Francisco ordenou que um escravo fosse abrindo uma trilha até chegar na nascente. Partiu o escravo com uma foice na mão. Depois de algumas horas de serviço, volta o escravo de dentro da mata com uma imagem de São Vicente Ferrer. Falou para Francisco que tinha encontrada a imagem junto da nascente de água.
Francisco ficou tão impressionado com a descoberta da imagem, que mandou construir uma capela no local e logo se formou um povoado em torno da capela. Do povoado tornou-se vila, e esta recebeu o nome de São Vicente de Minas, local de encontro de tropeiros e viajantes.
Francisco José de Andrade e Mello tinha uma fazenda na região. A fazenda era muito grande, com terras muito boas para o plantio e criação de gado. Como era rico possuía alguns escravos.
Um dia a fazenda ficou sem água, uma represa arrebentou e foi preciso ir até a nascente para fazer um rego de água para chegar novamente água na fazenda. Francisco saiu com alguns escravos. Chegando na mata, que era muito fechada, Francisco ordenou que um escravo fosse abrindo uma trilha até chegar na nascente. Partiu o escravo com uma foice na mão. Depois de algumas horas de serviço, volta o escravo de dentro da mata com uma imagem de São Vicente Ferrer. Falou para Francisco que tinha encontrada a imagem junto da nascente de água.
Francisco ficou tão impressionado com a descoberta da imagem, que mandou construir uma capela no local e logo se formou um povoado em torno da capela. Do povoado tornou-se vila, e esta recebeu o nome de São Vicente de Minas, local de encontro de tropeiros e viajantes.
ORIGEM DA VILA DE SÃO TOMÉ DAS LETRAS
No sertão das Carrancas existem belíssimas igrejas e capelas. Muitas foram construídas por causa de imagens encontradas perto do local da construção. Como é o caso da Cidade de são Tomé das Letras.
Na segunda metade do século XVIII um escravo que havia fugido de seu senhor, refugiou-se em uma gruta na serra do sertão das Carrancas, e ficou morando nela durante 18 anos. O lugar era de difícil acesso e cercado de mata fechada. Ali tinha abrigo, água e caça suficiente para sobreviver. Fazia arapucas para pegar pássaros e pequenos mamíferos. A mata também fornecia diversas frutas como amora, ingá, coquinhos, pequi, gabiroba e etc.
O senhor do escravo nunca tinha desistido de achar ele novamente, pois tinha custado uma fortuna para ele. Fez diversas buscas na região, e nunca soube do seu paradeiro. Até que um dia teve um sonho onde uma pessoa com vestes religiosa mostrava o lugar onde o escravo estava escondido. Ela também dizia que ele deveria perdoar o escravo pelos seus atos.
O senhor do escravo foi no outro dia no local indicado. Achou a gruta que era a mesma do sonho, mas seu escravo não estava mais morando nela. O que ele achou foram inscrições na parede da gruta e uma imagem de São Tomé.
Depois de certo tempo o senhor do escravo pediu ao padre Francisco Alves Torres para construir uma capela em homenagem a São Tomé do lado da gruta. A obra ficou pronta em 1770. Logo se formou uma vila e esta recebeu o nome de São Tomé das Leras, por causa da imagem de São Tomé e das inscrições achadas dentro da caverna.
Na segunda metade do século XVIII um escravo que havia fugido de seu senhor, refugiou-se em uma gruta na serra do sertão das Carrancas, e ficou morando nela durante 18 anos. O lugar era de difícil acesso e cercado de mata fechada. Ali tinha abrigo, água e caça suficiente para sobreviver. Fazia arapucas para pegar pássaros e pequenos mamíferos. A mata também fornecia diversas frutas como amora, ingá, coquinhos, pequi, gabiroba e etc.
O senhor do escravo nunca tinha desistido de achar ele novamente, pois tinha custado uma fortuna para ele. Fez diversas buscas na região, e nunca soube do seu paradeiro. Até que um dia teve um sonho onde uma pessoa com vestes religiosa mostrava o lugar onde o escravo estava escondido. Ela também dizia que ele deveria perdoar o escravo pelos seus atos.
O senhor do escravo foi no outro dia no local indicado. Achou a gruta que era a mesma do sonho, mas seu escravo não estava mais morando nela. O que ele achou foram inscrições na parede da gruta e uma imagem de São Tomé.
Depois de certo tempo o senhor do escravo pediu ao padre Francisco Alves Torres para construir uma capela em homenagem a São Tomé do lado da gruta. A obra ficou pronta em 1770. Logo se formou uma vila e esta recebeu o nome de São Tomé das Leras, por causa da imagem de São Tomé e das inscrições achadas dentro da caverna.
REVOLTA DOS ESCRAVOS AFRICANOS
REVOLTA DOS ESCRAVOS AFRICANOS
NO SERTÃO DAS CARRANCAS
Desde os primeiros bandeirantes que estiveram na região do sertão, a presença de escravos era constante, principalmente indígena, pois eles sabiam enfrentar fome, eram habilidosos na caça e também na pesca.
Logo a escravidão indígena foi diminuindo e passou a se escravizar africanos, pois eram mais fortes e resistentes para o trabalho forçado.
A fuga de escravos começou a partir do século XVII em todo o Brasil. Os fugitivos montavam acampamentos nos matos, longe das vilas dos brancos, chamados de quilombo, que quer dizer (refúgio, abrigo).
No sertão das Carrancas existia um quilombo, ficava na região que hoje seria Madre Deus de Minas e São João Del’ Rei, perto do Rio das Mortes onde aconteceu a guerra dos Emboabas.
Essa fuga para o quilombo, vinha acontecendo desde os princípios do século XVIII, e contava com mais de 4000 quilombolas.
Bartolomeu Bueno do Prado foi enviado pelo império português com um exército de mais de 1000 homens fortemente armados, a missão era destruir completamente o quilombo e matar todos, para que servisse de lição para os outros escravos.
O exército cercou o quilombo, a guerra foi cruel e desumana, de um lado os quilombolas com lanças de madeira e pedras nas mãos, do outro, cavalaria fortemente armada com espadas e garruchas.
Não demorou muito e Bartolomeu conseguiu vencer a resistência, voltou para Vila Rica com o dever cumprido e com 3900 orelhas cortadas. Nota-se que na época era comum o vencedor cortar a orelha vítima, servia como um troféu e para comprovar a vitória. Januário Garcia na sua vingança seguiu o mesmo exemplo que Bartolomeu.
O quilombo do Rio das Mortes foi destruído em 1751, 82 anos mais tarde o sertão das Carrancas iria enfrentar um novo conflito entre escravos e seus Senhores, que ficaria conhecido como Revolta de Carrancas (1833).
Já no começo do século XIX os escravos africanos começaram a se rebelarem contra seus donos, na maioria fazendeiros. Essa revolta seria a mais sangrenta do Sudeste do Império, como falou Marcos Ferreira de Andrade.
A revolta durou muitos anos, escravos faziam emboscadas nas estradas e roças para matarem seus donos e familiares.
O sonho de liberdade mais a sede de vingança dos maus tratos sofridos desencadearam uma rebelião que durou toda a primeira metade do século XIX.
Em Carrancas são diversos casos de famílias que perderam parentes com a revolta. As famílias Teixeira e Andrade tiveram parentes mortos em emboscadas.
Em Cruzília-MG a família Junqueira perdeu vários membros de sua família na fazenda Bela Cruz
Esse fato influenciou revoltas em várias partes de Minas Gerais. E contribuiu para acelerar as leis abolicionistas.
Carrancas como palco da revolta, deixaria o Império assustado com uma revolta em massa.
Francisco Teodoro Teixeira foi um dos que morreram em emboscadas no século XIX. Já ia tranquilamente por uma estrada com seu cavalo. Teve que parar em uma porteira foi quando derrepente saiu do mato vários escravos com pedaços de madeira nas mãos. Foi morto a paulada e sua perna amarrada e estribo do arreio. Os escravos assustaram o cavalo, e esse arrastou Teodoro de volta para a fazenda.
Na fazenda do Leme um dia o senhor dos escravos saiu com eles para capinarem uma roça de milho. O senhor sempre ia prevenido com punhal e arma de fogo. Todos os dias eram a mesma coisa, sentava debaixo de uma árvore e ficava vendo seus homens capinarem no sol. Um belo dia quando estava tranquilamente descansando, o sol estava forte e mormaço escaldante, Deu uma pequena cochilada, acordou com um estalar de madeira, quando abriu os olhos recebeu uma enxadada na cabeça. Foi morto ali mesmo, e os escravos fugiram para a mata, certamente iriam para algum quilombo próximo.
NO SERTÃO DAS CARRANCAS
Desde os primeiros bandeirantes que estiveram na região do sertão, a presença de escravos era constante, principalmente indígena, pois eles sabiam enfrentar fome, eram habilidosos na caça e também na pesca.
Logo a escravidão indígena foi diminuindo e passou a se escravizar africanos, pois eram mais fortes e resistentes para o trabalho forçado.
A fuga de escravos começou a partir do século XVII em todo o Brasil. Os fugitivos montavam acampamentos nos matos, longe das vilas dos brancos, chamados de quilombo, que quer dizer (refúgio, abrigo).
No sertão das Carrancas existia um quilombo, ficava na região que hoje seria Madre Deus de Minas e São João Del’ Rei, perto do Rio das Mortes onde aconteceu a guerra dos Emboabas.
Essa fuga para o quilombo, vinha acontecendo desde os princípios do século XVIII, e contava com mais de 4000 quilombolas.
Bartolomeu Bueno do Prado foi enviado pelo império português com um exército de mais de 1000 homens fortemente armados, a missão era destruir completamente o quilombo e matar todos, para que servisse de lição para os outros escravos.
O exército cercou o quilombo, a guerra foi cruel e desumana, de um lado os quilombolas com lanças de madeira e pedras nas mãos, do outro, cavalaria fortemente armada com espadas e garruchas.
Não demorou muito e Bartolomeu conseguiu vencer a resistência, voltou para Vila Rica com o dever cumprido e com 3900 orelhas cortadas. Nota-se que na época era comum o vencedor cortar a orelha vítima, servia como um troféu e para comprovar a vitória. Januário Garcia na sua vingança seguiu o mesmo exemplo que Bartolomeu.
O quilombo do Rio das Mortes foi destruído em 1751, 82 anos mais tarde o sertão das Carrancas iria enfrentar um novo conflito entre escravos e seus Senhores, que ficaria conhecido como Revolta de Carrancas (1833).
Já no começo do século XIX os escravos africanos começaram a se rebelarem contra seus donos, na maioria fazendeiros. Essa revolta seria a mais sangrenta do Sudeste do Império, como falou Marcos Ferreira de Andrade.
A revolta durou muitos anos, escravos faziam emboscadas nas estradas e roças para matarem seus donos e familiares.
O sonho de liberdade mais a sede de vingança dos maus tratos sofridos desencadearam uma rebelião que durou toda a primeira metade do século XIX.
Em Carrancas são diversos casos de famílias que perderam parentes com a revolta. As famílias Teixeira e Andrade tiveram parentes mortos em emboscadas.
Em Cruzília-MG a família Junqueira perdeu vários membros de sua família na fazenda Bela Cruz
Esse fato influenciou revoltas em várias partes de Minas Gerais. E contribuiu para acelerar as leis abolicionistas.
Carrancas como palco da revolta, deixaria o Império assustado com uma revolta em massa.
Francisco Teodoro Teixeira foi um dos que morreram em emboscadas no século XIX. Já ia tranquilamente por uma estrada com seu cavalo. Teve que parar em uma porteira foi quando derrepente saiu do mato vários escravos com pedaços de madeira nas mãos. Foi morto a paulada e sua perna amarrada e estribo do arreio. Os escravos assustaram o cavalo, e esse arrastou Teodoro de volta para a fazenda.
Na fazenda do Leme um dia o senhor dos escravos saiu com eles para capinarem uma roça de milho. O senhor sempre ia prevenido com punhal e arma de fogo. Todos os dias eram a mesma coisa, sentava debaixo de uma árvore e ficava vendo seus homens capinarem no sol. Um belo dia quando estava tranquilamente descansando, o sol estava forte e mormaço escaldante, Deu uma pequena cochilada, acordou com um estalar de madeira, quando abriu os olhos recebeu uma enxadada na cabeça. Foi morto ali mesmo, e os escravos fugiram para a mata, certamente iriam para algum quilombo próximo.
O COLAR DO “SETE ORELHAS”
Januário Garcia Leal, o Sete Orelhas, ( 1761 — 1808) foi um dos mais terríveis facínoras do interior brasileiro, pior que Lucas da Feira, Cunduru, Antônio Silvino, Lampião.
Januário Garcia Leal foi um fazendeiro que vivia na propriedade denominada Ventania, situada no sul de Minas Gerais, juntamente com sua família e escravos. Em 21 de janeiro de 1802, recebeu carta patente assinada pelo Capitão General da Capitania de Minas Gerais, Bernardo José de Lorena, nomeando-o como Capitão de Ordenanças do Distrito de São José e Nossa Senhora das Dores (hoje Alfenas). Sua vida foi pacata até que um acontecimento trágico a mudou definitivamente: a morte covarde de seu irmão João Garcia Leal, que foi surpreendido perto da localidade de São Thomé das Letras por sete homens e atado nu em uma árvore, onde foi assassinado a sangue frio, tendo os homicidas retirado lentamente toda a pele de seu corpo.
A burocrática justiça colonial mostrou-se absolutamente indiferente ao episódio, deixando impunes os sete irmãos que haviam perpetrado a revoltante barbárie. Foi assim que, ante a indiferença dos órgãos de repressão à criminalidade, Januário associou-se a seu irmão caçula Salvador Garcia Leal e ao tio, Mateus Luís Garcia, e, juntos, os três capitães de milícias assumiram pessoalmente a tarefa de localizar e sentenciar os autores do crime contra João Garcia Leal, dando início a uma perseguição atroz que relembrou obscuros tempos da história da humanidade, quando a justiça ainda era feita pelas próprias mãos.A lei escolhida por Januário, chefe do bando de justiceiros privados, foi a de talião, ou seja, a morte aos matadores – com o requinte estarrecedor de se decepar uma orelha de cada criminoso, juntando-as em um macabro cordão que era publicamente exibido como troféu pelos implacáveis vingadores.
Somente depois de decepada a última orelha dos criminosos é que Januário deu-se por satisfeito. Até então, grande parte da então Capitania de Minas Gerais ficou sujeita à autoridade dos vingadores, que chegaram a desafiar magistrados e milicianos, sendo necessária a dura intervenção de Dom João VI, então Príncipe Regente de Portugal, para tentar debelar a ação dos capitães revoltados, que foram duramente perseguidos.
LENDA DO COLAR DO SETE ORELHAS
Januário Garcia. Filho de fazendeiro vivia feliz no sertão das Carrancas com o pai, a mãe e o irmão. Plantava e criava gado. Seu irmão, João Garcia Leal, vivia apaixonado pela filha do fazendeiro vizinho, que era muito mais rico que seu pai. Ela também gostava dele, começaram a se encontrar escondidos, o pai dela era contra o namoro, pois queria encontrar um noivo mais rico para sua filha. Não demorou muito e ela apareceu grávida. Nos velhos tempos, gravidez fora do casamento era sinônimo de pecado. A população discriminava assim como a igreja. O pai da moça jurou que iria se vingar dessa humilhação.
Um belo dia o irmão de Januário saiu para procurar um boi que tinha desaparecido. Passou horas e nada do irmão de Januário voltar para casa. Januário já preocupado com as ameaças do fazendeiro vizinho montou em seu cavalo e foi atrás do irmão.
Bem no pé da serra Januário avistou o cavalo do irmão pastando, chegou perto do cavalo e gritou seu irmão. O único som que se ouvia era das maritacas gritando. Derrepente escutou um gemido que vinha de dentro da mata fechada. Januário desceu do cavalo e foi verificar. Quando chegou perto do gemido, viu seu irmão pendurado por uma corda na arvore, sem a pele e castrado. Rapidamente o tirou da árvore, abraçou-lhe, e viu o brilho dos seus olhos apagarem. Januário gritou ajoelhou no chão e jurou por todos os santos que iria matar seu vizinho, o fazendeiro, e os seis primeiros descendentes dele. E iria fazer um colar com as sete orelhas dos mortos.
Voltou para casa com o irmão morto, seus pais quase morreram do coração. Velaram e enterraram o corpo. Januário não comentou aos pais o juramento que tinha feito. Arrumou as malas e o cavalo e sai de casa para concretizar sua vingança. O vizinho fazendeiro nunca imaginava que alguém pudesse o atacar, pois tinha vários capatazes que o protegiam dia e noite. Sua família era ele a mulher mais cinco filhos homens e a menina que ficou grávida. Esta era a única que estava fora do juramento feito.
Passaram-se dias e Januário não saia da tocaia, esperando o momento certo para atacar suas vítimas. Um dia observava a fazenda do vizinho e viu o filho mais novo do fazendeiro brincando na horta de laranja. Januário aproximou-se sem fazer barulho e derrepente pulou em cima do menino que deveria ter uns seis anos, e o matou com uma facada no peito. Continuou de tocaia para ver se mais alguém viria até a horta. Foi quando mais dois irmãos do garoto chegaram, logo viram o irmãozinho caído no chão, correram para ver o que tinha acontecido, quando chegaram perto Januário saiu de dentro do mato e também matou os dois com sua faca. Cortou uma orelha de cada. Depois disso fugiu para a mata, pois o fazendeiro iria atrás dele.
Alguns dias depois Januário, mandou entregar um bilhete na casa do fazendeiro. Nela ele falava que tinha matado seus três filhos, e que ele sua mulher e os outros dois meninos estavam jurados de morte. Que iria até o fim para vingar a morte do irmão.
O fazendeiro que já estava muito triste com a morte de seus três filhos menores. Resolveu partir dali, mudou-se para longe, um lugar que poderia viver longe das ameaças de Januário.
Januário com toda sua esperteza descobriu onde o fazendeiro estava morando. Era um sítio alugado, estavam na casa o fazendeiro a mulher os dois filhos e a menina.
Januário ficou de tocaia vários dias em volta do sítio. Reparando que eles não saíam de casa, esperou os capangas irem até a cidade para fazer compras. Quando saíram Januário chegou pelos fundos, agora ele tinha uma garrucha e um punhal. Entrou pela janela da cozinha. Os moradores tinham acabado de almoçar e estavam deitados em suas camas. Januário andou lentamente pela casa. Quando olhou no primeiro quarto, estava o fazendeiro e sua mulher deitados dormindo. Januário pegou a garrucha e disparou contra o fazendeiro. Sua mulher que acordou aos gritos foi silenciada com seu punhal. Os dois meninos que estava no quarto vizinho brincando, aterrorizados, pularam a janela do quarto par o quintal, Januário percebendo correu para o quarto e encontrou a menina que seu irmão tanto amava. Olhou para ela, e pulou na janela para perseguir seus dois irmãos. Os meninos se separaram e Januário como já tinha gastado sua munição escolheu o mais novo para correr atrás. Logo o alcançou. E pegou sua orelha. O outro tinha desaparecido na mata, Januário voltou para a casa, não encontrou a menina também. Encontrou o fazendeiro e sua mulher na cama. Cortou suas orelhas e colocou no colar, já tinha seis, faltava mais uma para completar sua jura.
Januário fugiu para a mata. Os capangas voltaram da cidade e encontraram os patrões mortos e um de seus filhos. A menina e o menino que fugiu apareceram depois aterrorizados com aquela tragédia. Logo os dois sumiram da região.
Como o mundo é pequeno, Januário descobriu por um vizinho do sítio que os dois sobreviventes da tragédia, tinham ido morar com parentes para o lado noroeste do Estado. E que fica perto da cidade de Araxá.
Januário partiu com seu cavalo, viajou dias e noites. Já estava cansado, com fome e sede, pois suas reservas alimentares já tinham acabado. Estava cabeludo e barbudo. Seu cavalo já estava quase deitando. O sol estava forte e começava seca na região. Faltava muito para chegar a Araxá. Não agüentando mais de fome, resolveu pedir ajuda a uma casinha que se encontrava na beira da estrada. Desceu do cavalo e gritou chamando os donos. Logo apareceu um rapaz de chapéu, aparentava ter uns 14 anos. Januário primeiro pediu água para o seu cavalo, o menino buscou um balde cheio. Depois pediu comida para o menino, o menino que só tinha uma marmita pronta, dividiu no meu para o viajante. Logo o menino perguntou para Januário onde estava indo. Ele respondeu que estava viajando para conseguir trabalho. Januário perguntou o que ele fazia por aqui. O menino respondeu:
___ Não faço nada, estou escondido aqui na casa dos meus tios, eles foram buscar lenha na mata. A minha família morreu, Januário Garcia matou todos. Estou escondido aqui para que ele não me mate também.
Januário surpreso com a resposta falou:
___Eu sou o Januário Garcia, e vim aqui para te matar!
O menino espantado ficou imóvel.
Januário então continuou:
___Como você foi muito prestativo comigo, deu água para o meu cavalo, e me deu o que comer, vou dar uma chance de você sobreviver.
___Você vai correr por aqui em linha reta, e eu vou contar a te dez. Depois disso vou sacar minha garrucha e disparar. Se eu errar o tiro você pode ir embora que nunca mais vou te perseguir.
O menino aterrorizado ficou sem palavras.
E então Januário começou a contar, o menino não acreditando na situação saiu correndo desesperado. Quando chegou no dez Januário disparou, o tiro, acertou em cheio a nuca do menino que caiu morto no chão. Januário aproximou-se, vibrou com sua pontaria, e como tinha feito com as outras vítimas, cortou a orelha do garoto e completou o seu colar. Depois desse dia ficaria conhecido como Januário Garcia o sete orelhas.
Depois dessa tragédia, aonde Januário chegava exibia seu colar. O império já tinha premiado a cabeça de Januário.
Um dia Januário chegou a um armazém, chegou já jogando o colar com as orelhas em cima do balcão. O dono com os fregueses já ficaram assustados. Sabiam que o indivíduo era perigoso e frio. Januário bebeu até se embriagar. O dono que já sabia de sua história aproveitou da situação. Chamou Januário para jogar cartas. Januário aceitou. No meu da partida Januário quis criar uma confusão, o dono que já estava pronto para atacar, deu uma facada nas costa de Januário. Januário caiu no chão e não mais levantou. Essa história é baseada em fatos reais e aconteceu no sertão das Carrancas no século XVIII.
Januário Garcia Leal foi um fazendeiro que vivia na propriedade denominada Ventania, situada no sul de Minas Gerais, juntamente com sua família e escravos. Em 21 de janeiro de 1802, recebeu carta patente assinada pelo Capitão General da Capitania de Minas Gerais, Bernardo José de Lorena, nomeando-o como Capitão de Ordenanças do Distrito de São José e Nossa Senhora das Dores (hoje Alfenas). Sua vida foi pacata até que um acontecimento trágico a mudou definitivamente: a morte covarde de seu irmão João Garcia Leal, que foi surpreendido perto da localidade de São Thomé das Letras por sete homens e atado nu em uma árvore, onde foi assassinado a sangue frio, tendo os homicidas retirado lentamente toda a pele de seu corpo.
A burocrática justiça colonial mostrou-se absolutamente indiferente ao episódio, deixando impunes os sete irmãos que haviam perpetrado a revoltante barbárie. Foi assim que, ante a indiferença dos órgãos de repressão à criminalidade, Januário associou-se a seu irmão caçula Salvador Garcia Leal e ao tio, Mateus Luís Garcia, e, juntos, os três capitães de milícias assumiram pessoalmente a tarefa de localizar e sentenciar os autores do crime contra João Garcia Leal, dando início a uma perseguição atroz que relembrou obscuros tempos da história da humanidade, quando a justiça ainda era feita pelas próprias mãos.A lei escolhida por Januário, chefe do bando de justiceiros privados, foi a de talião, ou seja, a morte aos matadores – com o requinte estarrecedor de se decepar uma orelha de cada criminoso, juntando-as em um macabro cordão que era publicamente exibido como troféu pelos implacáveis vingadores.
Somente depois de decepada a última orelha dos criminosos é que Januário deu-se por satisfeito. Até então, grande parte da então Capitania de Minas Gerais ficou sujeita à autoridade dos vingadores, que chegaram a desafiar magistrados e milicianos, sendo necessária a dura intervenção de Dom João VI, então Príncipe Regente de Portugal, para tentar debelar a ação dos capitães revoltados, que foram duramente perseguidos.
LENDA DO COLAR DO SETE ORELHAS
Januário Garcia. Filho de fazendeiro vivia feliz no sertão das Carrancas com o pai, a mãe e o irmão. Plantava e criava gado. Seu irmão, João Garcia Leal, vivia apaixonado pela filha do fazendeiro vizinho, que era muito mais rico que seu pai. Ela também gostava dele, começaram a se encontrar escondidos, o pai dela era contra o namoro, pois queria encontrar um noivo mais rico para sua filha. Não demorou muito e ela apareceu grávida. Nos velhos tempos, gravidez fora do casamento era sinônimo de pecado. A população discriminava assim como a igreja. O pai da moça jurou que iria se vingar dessa humilhação.
Um belo dia o irmão de Januário saiu para procurar um boi que tinha desaparecido. Passou horas e nada do irmão de Januário voltar para casa. Januário já preocupado com as ameaças do fazendeiro vizinho montou em seu cavalo e foi atrás do irmão.
Bem no pé da serra Januário avistou o cavalo do irmão pastando, chegou perto do cavalo e gritou seu irmão. O único som que se ouvia era das maritacas gritando. Derrepente escutou um gemido que vinha de dentro da mata fechada. Januário desceu do cavalo e foi verificar. Quando chegou perto do gemido, viu seu irmão pendurado por uma corda na arvore, sem a pele e castrado. Rapidamente o tirou da árvore, abraçou-lhe, e viu o brilho dos seus olhos apagarem. Januário gritou ajoelhou no chão e jurou por todos os santos que iria matar seu vizinho, o fazendeiro, e os seis primeiros descendentes dele. E iria fazer um colar com as sete orelhas dos mortos.
Voltou para casa com o irmão morto, seus pais quase morreram do coração. Velaram e enterraram o corpo. Januário não comentou aos pais o juramento que tinha feito. Arrumou as malas e o cavalo e sai de casa para concretizar sua vingança. O vizinho fazendeiro nunca imaginava que alguém pudesse o atacar, pois tinha vários capatazes que o protegiam dia e noite. Sua família era ele a mulher mais cinco filhos homens e a menina que ficou grávida. Esta era a única que estava fora do juramento feito.
Passaram-se dias e Januário não saia da tocaia, esperando o momento certo para atacar suas vítimas. Um dia observava a fazenda do vizinho e viu o filho mais novo do fazendeiro brincando na horta de laranja. Januário aproximou-se sem fazer barulho e derrepente pulou em cima do menino que deveria ter uns seis anos, e o matou com uma facada no peito. Continuou de tocaia para ver se mais alguém viria até a horta. Foi quando mais dois irmãos do garoto chegaram, logo viram o irmãozinho caído no chão, correram para ver o que tinha acontecido, quando chegaram perto Januário saiu de dentro do mato e também matou os dois com sua faca. Cortou uma orelha de cada. Depois disso fugiu para a mata, pois o fazendeiro iria atrás dele.
Alguns dias depois Januário, mandou entregar um bilhete na casa do fazendeiro. Nela ele falava que tinha matado seus três filhos, e que ele sua mulher e os outros dois meninos estavam jurados de morte. Que iria até o fim para vingar a morte do irmão.
O fazendeiro que já estava muito triste com a morte de seus três filhos menores. Resolveu partir dali, mudou-se para longe, um lugar que poderia viver longe das ameaças de Januário.
Januário com toda sua esperteza descobriu onde o fazendeiro estava morando. Era um sítio alugado, estavam na casa o fazendeiro a mulher os dois filhos e a menina.
Januário ficou de tocaia vários dias em volta do sítio. Reparando que eles não saíam de casa, esperou os capangas irem até a cidade para fazer compras. Quando saíram Januário chegou pelos fundos, agora ele tinha uma garrucha e um punhal. Entrou pela janela da cozinha. Os moradores tinham acabado de almoçar e estavam deitados em suas camas. Januário andou lentamente pela casa. Quando olhou no primeiro quarto, estava o fazendeiro e sua mulher deitados dormindo. Januário pegou a garrucha e disparou contra o fazendeiro. Sua mulher que acordou aos gritos foi silenciada com seu punhal. Os dois meninos que estava no quarto vizinho brincando, aterrorizados, pularam a janela do quarto par o quintal, Januário percebendo correu para o quarto e encontrou a menina que seu irmão tanto amava. Olhou para ela, e pulou na janela para perseguir seus dois irmãos. Os meninos se separaram e Januário como já tinha gastado sua munição escolheu o mais novo para correr atrás. Logo o alcançou. E pegou sua orelha. O outro tinha desaparecido na mata, Januário voltou para a casa, não encontrou a menina também. Encontrou o fazendeiro e sua mulher na cama. Cortou suas orelhas e colocou no colar, já tinha seis, faltava mais uma para completar sua jura.
Januário fugiu para a mata. Os capangas voltaram da cidade e encontraram os patrões mortos e um de seus filhos. A menina e o menino que fugiu apareceram depois aterrorizados com aquela tragédia. Logo os dois sumiram da região.
Como o mundo é pequeno, Januário descobriu por um vizinho do sítio que os dois sobreviventes da tragédia, tinham ido morar com parentes para o lado noroeste do Estado. E que fica perto da cidade de Araxá.
Januário partiu com seu cavalo, viajou dias e noites. Já estava cansado, com fome e sede, pois suas reservas alimentares já tinham acabado. Estava cabeludo e barbudo. Seu cavalo já estava quase deitando. O sol estava forte e começava seca na região. Faltava muito para chegar a Araxá. Não agüentando mais de fome, resolveu pedir ajuda a uma casinha que se encontrava na beira da estrada. Desceu do cavalo e gritou chamando os donos. Logo apareceu um rapaz de chapéu, aparentava ter uns 14 anos. Januário primeiro pediu água para o seu cavalo, o menino buscou um balde cheio. Depois pediu comida para o menino, o menino que só tinha uma marmita pronta, dividiu no meu para o viajante. Logo o menino perguntou para Januário onde estava indo. Ele respondeu que estava viajando para conseguir trabalho. Januário perguntou o que ele fazia por aqui. O menino respondeu:
___ Não faço nada, estou escondido aqui na casa dos meus tios, eles foram buscar lenha na mata. A minha família morreu, Januário Garcia matou todos. Estou escondido aqui para que ele não me mate também.
Januário surpreso com a resposta falou:
___Eu sou o Januário Garcia, e vim aqui para te matar!
O menino espantado ficou imóvel.
Januário então continuou:
___Como você foi muito prestativo comigo, deu água para o meu cavalo, e me deu o que comer, vou dar uma chance de você sobreviver.
___Você vai correr por aqui em linha reta, e eu vou contar a te dez. Depois disso vou sacar minha garrucha e disparar. Se eu errar o tiro você pode ir embora que nunca mais vou te perseguir.
O menino aterrorizado ficou sem palavras.
E então Januário começou a contar, o menino não acreditando na situação saiu correndo desesperado. Quando chegou no dez Januário disparou, o tiro, acertou em cheio a nuca do menino que caiu morto no chão. Januário aproximou-se, vibrou com sua pontaria, e como tinha feito com as outras vítimas, cortou a orelha do garoto e completou o seu colar. Depois desse dia ficaria conhecido como Januário Garcia o sete orelhas.
Depois dessa tragédia, aonde Januário chegava exibia seu colar. O império já tinha premiado a cabeça de Januário.
Um dia Januário chegou a um armazém, chegou já jogando o colar com as orelhas em cima do balcão. O dono com os fregueses já ficaram assustados. Sabiam que o indivíduo era perigoso e frio. Januário bebeu até se embriagar. O dono que já sabia de sua história aproveitou da situação. Chamou Januário para jogar cartas. Januário aceitou. No meu da partida Januário quis criar uma confusão, o dono que já estava pronto para atacar, deu uma facada nas costa de Januário. Januário caiu no chão e não mais levantou. Essa história é baseada em fatos reais e aconteceu no sertão das Carrancas no século XVIII.
POVOAMENTO DO SERTÃO DAS CARRANCAS
Em 1700 chega em Carrancas o Capitão Manuel Garcia, veio pela trilha que Fernão Dias tinha feito alguns anos antes. Manuel construiu a fazenda da rocinha, ponto estratégico na Estrada Real para o abastecimento das tropas bandeirantes.
Depois da guerra dos Emboabas em 1709, Manuel Garcia não poderia ficar mais na região, pois era paulista e capitão. Não só ele, mas outros paulistas de Carrancas tiveram que abandonar o local, pois os paulistas tinham perdido a guerra, as minas de ouro e as terras de Minas Gerais, e quem ficasse poderia sofrer algum tipo de ameaça. Muitos foram para Goiás e Matos Grosso onde bandeirantes tinham encontrado novas minas de ouro. Manuel Garcia foi obrigado a vender sua fazenda em 1713 para Toledo de Pisa Castelhanos o famoso “fundador” de Carrancas que na verdade não foi. Toledo mudou-se de Carrancas em 1745 e em 1748 morreu na cidade de Campanha.
Famílias como a dos Garcia, Leme, Prado, Tavares e Raposo que moravam na região, também tiveram que ir embora por causa da guerra, pois os familiares de soldados mortos na guerra poderiam sofrer algum tipo de represaria por parte dos vencedores.
POVOAMENTO DO SERTÃO DAS CARRANCAS E A
GUERRA DOS EMBOABAS
Os paulistas sabiam de riquezas minerais além da serra da Mantiqueira, pois índios traziam minerais preciosos de lá. Foi então que em 1674 Fernão Dias Paes Leme com 674 homens saíram para explorar as grandes terras que ainda o europeu não conhecia. O caminho percorrido por ele ficaria conhecido mais tarde por Estrada Real. Montou muitos pousos e abrigos inclusive dos quais muitos viraram cidades como Carrancas e Ibituruna.
Era um novo ciclo que iria começar, o ciclo do ouro. Antes a economia estava centrada na cana de açúcar, madeira e na captura de escravos indígenas.
Carrancas nasceu de um pouso da tropa de bandeirantes do Fernão Dias. Local estratégico para acampar, pois havia muita água, caça e abrigo nas pedras para proteção contra o frio.
Com isso vieram famílias paulistas para povoarem a região. Este ano foi por volta de 1700.
Uma das primeiras construções do município foi à fazenda da rocinha. Construída pelo Capitão Manuel Garcia. Além de pouso o local era ponto estratégico para plantar roças para abastecer as tropas que seguiam na Estrada Real para o Rio das Velhas.
Manuel de Borba Gato já era Guarda-Mor das minas de ouro descobertas pelos bandeirantes. Ele era genro de Fernão Dias, e no ano de 1703 já tinha descoberto mais de cinco toneladas de ouro.
A família Leme passou a ser a mais rica do Brasil. Com isso vieram vários parentes para o sertão das Carrancas. Aqui construíram várias fazendas como: Leme, Garcia, Cachoeirinha e muitas outras que se perderam na história.
Com a descoberta do ouro em Minas Gerais, vieram muitos forasteiros em busca de enriquecerem também. Os bandeirantes paulistas não viam com bons olhos essas pessoas estranhas pegarem o seu ouro. Começaram então as brigas entre bandeirantes e forasteiros. Os bandeirantes apelidaram os forasteiros de Emboabas (que quer dizer galinha com pena nas pernas), por que eles usavam botas longas até o joelho. Esses insultos mais barbáries cometido por ambos, logo começaram a criar grupos armados para se enfrentarem. Os forasteiros que eram os portugueses sem grandes riquezas, começaram a ficar irritados com as atitudes dos bandeirantes. Dessa irritação surgiu o líder dos Emboabas, Manuel Nunes Viana, populista e que ajudava as pessoas mais carentes, além de possuir um considerado patrimônio em terras gado e cavalos.
Borba Gato, líder dos bandeirantes paulistas, não fazia a idéia de como Manuel Nunes iria se tornar poderoso e comandar um grande exército.
Um belo dia o sobrinho de Borba Gato briga com um Emboaba por causa de uma espada que teria sido roubada. Dessa briga nasceria a primeira guerra civil das Américas. Parte dela Carrancas foi palco.
Rapidamente Manuel Nunes reuniu um exército de 10 mil homens e começaram a tomar as cidades que tinha maioria paulista, como: Vila Rica, Caeté. Os paulistas em fuga, reuniram-se em São João Del’ Rei, última cidade grande da Estrada Real em Minas Gerais. A notícia se espalhou rapidamente. E todos os homens paulistas que tinham condições de ir para a guerra foram chamados, inclusive muitos de Carrancas. O objetivo dos paulistas era reconquistar novamente as cidades perdidas. Em poucas horas um exército de mais ou menos quatro mil homens foi formado no sertão das Carrancas para tentarem conter o avanço das tropas de Manuel Nunes que vinha de Vila Rica (Ouro Preto). Os exércitos dos bandeirantes paulistas marcharam até o rio das mortes em São João Del’ Rei. Informantes de Manuel Nunes transmitiram a notícia, e este veio preparado para conquistar Minas Gerais. Os dois grupos armados se encontraram, e vários dias de guerra foram travados, o rio das mortes que era aurífero virou um mar de sangue, pois os mortos eram jogados nele. Sabendo que não poderiam vencer os Emboabas, os paulistas bateram em retirada para Carrancas, cidade vizinha e caminho para São Paulo. Fizeram um pouso em um capão de mato para retomar as energias. Derrepente o exército dos Emboabas cercaram o capão e começaram a atirar. Os paulistas combateram enquanto tinha munição, até que se renderam com garantia de vida dada pelos Emboabas. Quando saíram do mato e entregaram as armas, o comandante Emboaba ordenou que os paulistas fossem fuzilados. Cerca de 300 homens paulistas da região perderam suas vivas. Esse episódio aconteceu no sertão das Carrancas e está relatado em várias enciclopédias históricas, ficou conhecido como Capão da Traição.
Vencida a última resistência paulista, os Emboabas comemoraram a vitória, pois apartir desse dia ficariam donos de todas as minas de ouro de Minas Gerais.
Com isso os familiares dos paulistas tiveram que deixar a região rapidamente, porque começaram a ser perseguidos também. Muitos deixaram suas casas, outros venderam como é o caso da fazenda da Rocinha que foi vendida para Toledo de Piza em 1713.
Os paulistas perderam Minas Gerais, a região mais rica do Brasil, mas logo descobriram outras minas de ouro em Mato Grosso e Goiás.
Os paulistas deixaram além da arquitetura colonial, vários causos e lendas em Minas Gerais. Como a famosa história dos Irmãos Leme que eram facinorosos, violentos e assassinos frios. João e Lourenço Leme eram os mais ricos do Brasil, na época possuíam mais de 15 canastras cheias de ouro. Foram mortos pelo Império.
Depois da guerra dos Emboabas em 1709, Manuel Garcia não poderia ficar mais na região, pois era paulista e capitão. Não só ele, mas outros paulistas de Carrancas tiveram que abandonar o local, pois os paulistas tinham perdido a guerra, as minas de ouro e as terras de Minas Gerais, e quem ficasse poderia sofrer algum tipo de ameaça. Muitos foram para Goiás e Matos Grosso onde bandeirantes tinham encontrado novas minas de ouro. Manuel Garcia foi obrigado a vender sua fazenda em 1713 para Toledo de Pisa Castelhanos o famoso “fundador” de Carrancas que na verdade não foi. Toledo mudou-se de Carrancas em 1745 e em 1748 morreu na cidade de Campanha.
Famílias como a dos Garcia, Leme, Prado, Tavares e Raposo que moravam na região, também tiveram que ir embora por causa da guerra, pois os familiares de soldados mortos na guerra poderiam sofrer algum tipo de represaria por parte dos vencedores.
POVOAMENTO DO SERTÃO DAS CARRANCAS E A
GUERRA DOS EMBOABAS
Os paulistas sabiam de riquezas minerais além da serra da Mantiqueira, pois índios traziam minerais preciosos de lá. Foi então que em 1674 Fernão Dias Paes Leme com 674 homens saíram para explorar as grandes terras que ainda o europeu não conhecia. O caminho percorrido por ele ficaria conhecido mais tarde por Estrada Real. Montou muitos pousos e abrigos inclusive dos quais muitos viraram cidades como Carrancas e Ibituruna.
Era um novo ciclo que iria começar, o ciclo do ouro. Antes a economia estava centrada na cana de açúcar, madeira e na captura de escravos indígenas.
Carrancas nasceu de um pouso da tropa de bandeirantes do Fernão Dias. Local estratégico para acampar, pois havia muita água, caça e abrigo nas pedras para proteção contra o frio.
Com isso vieram famílias paulistas para povoarem a região. Este ano foi por volta de 1700.
Uma das primeiras construções do município foi à fazenda da rocinha. Construída pelo Capitão Manuel Garcia. Além de pouso o local era ponto estratégico para plantar roças para abastecer as tropas que seguiam na Estrada Real para o Rio das Velhas.
Manuel de Borba Gato já era Guarda-Mor das minas de ouro descobertas pelos bandeirantes. Ele era genro de Fernão Dias, e no ano de 1703 já tinha descoberto mais de cinco toneladas de ouro.
A família Leme passou a ser a mais rica do Brasil. Com isso vieram vários parentes para o sertão das Carrancas. Aqui construíram várias fazendas como: Leme, Garcia, Cachoeirinha e muitas outras que se perderam na história.
Com a descoberta do ouro em Minas Gerais, vieram muitos forasteiros em busca de enriquecerem também. Os bandeirantes paulistas não viam com bons olhos essas pessoas estranhas pegarem o seu ouro. Começaram então as brigas entre bandeirantes e forasteiros. Os bandeirantes apelidaram os forasteiros de Emboabas (que quer dizer galinha com pena nas pernas), por que eles usavam botas longas até o joelho. Esses insultos mais barbáries cometido por ambos, logo começaram a criar grupos armados para se enfrentarem. Os forasteiros que eram os portugueses sem grandes riquezas, começaram a ficar irritados com as atitudes dos bandeirantes. Dessa irritação surgiu o líder dos Emboabas, Manuel Nunes Viana, populista e que ajudava as pessoas mais carentes, além de possuir um considerado patrimônio em terras gado e cavalos.
Borba Gato, líder dos bandeirantes paulistas, não fazia a idéia de como Manuel Nunes iria se tornar poderoso e comandar um grande exército.
Um belo dia o sobrinho de Borba Gato briga com um Emboaba por causa de uma espada que teria sido roubada. Dessa briga nasceria a primeira guerra civil das Américas. Parte dela Carrancas foi palco.
Rapidamente Manuel Nunes reuniu um exército de 10 mil homens e começaram a tomar as cidades que tinha maioria paulista, como: Vila Rica, Caeté. Os paulistas em fuga, reuniram-se em São João Del’ Rei, última cidade grande da Estrada Real em Minas Gerais. A notícia se espalhou rapidamente. E todos os homens paulistas que tinham condições de ir para a guerra foram chamados, inclusive muitos de Carrancas. O objetivo dos paulistas era reconquistar novamente as cidades perdidas. Em poucas horas um exército de mais ou menos quatro mil homens foi formado no sertão das Carrancas para tentarem conter o avanço das tropas de Manuel Nunes que vinha de Vila Rica (Ouro Preto). Os exércitos dos bandeirantes paulistas marcharam até o rio das mortes em São João Del’ Rei. Informantes de Manuel Nunes transmitiram a notícia, e este veio preparado para conquistar Minas Gerais. Os dois grupos armados se encontraram, e vários dias de guerra foram travados, o rio das mortes que era aurífero virou um mar de sangue, pois os mortos eram jogados nele. Sabendo que não poderiam vencer os Emboabas, os paulistas bateram em retirada para Carrancas, cidade vizinha e caminho para São Paulo. Fizeram um pouso em um capão de mato para retomar as energias. Derrepente o exército dos Emboabas cercaram o capão e começaram a atirar. Os paulistas combateram enquanto tinha munição, até que se renderam com garantia de vida dada pelos Emboabas. Quando saíram do mato e entregaram as armas, o comandante Emboaba ordenou que os paulistas fossem fuzilados. Cerca de 300 homens paulistas da região perderam suas vivas. Esse episódio aconteceu no sertão das Carrancas e está relatado em várias enciclopédias históricas, ficou conhecido como Capão da Traição.
Vencida a última resistência paulista, os Emboabas comemoraram a vitória, pois apartir desse dia ficariam donos de todas as minas de ouro de Minas Gerais.
Com isso os familiares dos paulistas tiveram que deixar a região rapidamente, porque começaram a ser perseguidos também. Muitos deixaram suas casas, outros venderam como é o caso da fazenda da Rocinha que foi vendida para Toledo de Piza em 1713.
Os paulistas perderam Minas Gerais, a região mais rica do Brasil, mas logo descobriram outras minas de ouro em Mato Grosso e Goiás.
Os paulistas deixaram além da arquitetura colonial, vários causos e lendas em Minas Gerais. Como a famosa história dos Irmãos Leme que eram facinorosos, violentos e assassinos frios. João e Lourenço Leme eram os mais ricos do Brasil, na época possuíam mais de 15 canastras cheias de ouro. Foram mortos pelo Império.
ORIGEM DA SEDE DA FREGUESIA DO SERTÃO DAS CARRANCAS
O município de Carrancas tem sua origem devido às bandeiras paulistas que passaram na região em busca de riquezas, principalmente ouro. Antes da chegada dos portugueses, vivia na região do sertão os índios Cataguás, eles habitam lugares onde existiam cavernas. Tinham o costume de pintarem o corpo com argila branca. Eram canibais e os bandeirantes chamavam os Cataguás de tatus brancos, porque viviam em caverna e pintavam o corpo de branco. Foram dizimados e eram o terror dos bandeirantes, pois quando um índio capturava um português, levava para a caverna para ser assado. Em Carrancas podem ser vistos vestígios dessa tribo na cachoeira dos índios como pinturas rupestres, a caverna que moravam e pátio para celebrações.
Os primeiros europeus a chegarem em Carrancas foi Fernão Dias Paes Leme com alguns filhos, seu genro Manuel de Borba Gato, Bartolomeu da Cunha Gago, Matias Cardoso de Almeida e alguns escravos.
Fernão Dias chegou em Carrancas no final do ano de 1674. Na caminhada os bandeirantes anotavam em mapas tudo que pudessem tirar de características da região aonde iam passando, como serras, árvores, formações rochosas, rios etc. O nome Sertão das Carrancas é devido o formato de várias pedras na região que parecem ser carrancas. A região era boa para formação de um pouso, pois possuía muita água, caça e abrigo em sua formação rochosa. Fundado o pouso em Carrancas seguiu para o rio Grande onde se encontra a Capela do Saco, atravessou o rio e seguiu para o oeste até montar outro pouso, que mais tarde nasceria à cidade de Ibituruna. Fernão Dias morreu de febre no ano de 1681 com 73 anos de idade, depois de percorrer sete anos abrindo trilhas em Minas Gerais.
Os primeiros europeus a chegarem em Carrancas foi Fernão Dias Paes Leme com alguns filhos, seu genro Manuel de Borba Gato, Bartolomeu da Cunha Gago, Matias Cardoso de Almeida e alguns escravos.
Fernão Dias chegou em Carrancas no final do ano de 1674. Na caminhada os bandeirantes anotavam em mapas tudo que pudessem tirar de características da região aonde iam passando, como serras, árvores, formações rochosas, rios etc. O nome Sertão das Carrancas é devido o formato de várias pedras na região que parecem ser carrancas. A região era boa para formação de um pouso, pois possuía muita água, caça e abrigo em sua formação rochosa. Fundado o pouso em Carrancas seguiu para o rio Grande onde se encontra a Capela do Saco, atravessou o rio e seguiu para o oeste até montar outro pouso, que mais tarde nasceria à cidade de Ibituruna. Fernão Dias morreu de febre no ano de 1681 com 73 anos de idade, depois de percorrer sete anos abrindo trilhas em Minas Gerais.
CAUSOS E LENDAS DO SERTÃO DAS CARRANCAS
O sertão das Carrancas era uma região que hoje abrangeria vários municípios do sul de Minas Gerais. São eles: Carrancas como centro, Minduri, São Vicente de Minas, Madre Deus de Minas, Itutinga, Itumirin, Ingaí, Bom Sucesso, Lavras, Luminárias e São Tomé das Letras.
Essa região possui serras que chegam a mais de 1500 metros de altitude. Tem rios importantes como: rio Grande, rio Capivari, rio das Mortes, rio Aiuruoca, rio Pitangueiras, rio Ingaí e etc. A temperatura varia entre 0º e 35º, podendo variar para mais ou menos dependendo do local analisado. A sensação térmica no inverno pode chegar abaixo de zero nas zonas mais frias.
As serras são belíssimas, com muitos picos e escarpas. Estas chegam a ter mais de 150 metros de paredão. Rochas de quartzitos, arenito e magmáticas são muito encontradas na região. Pedras ferro e de laje serviram para fazerem muros e alicerces na região.
Esse sertão também possui muita água de qualidade. Água cristalina e belíssimas cachoeiras.
A vegetação é de mata atlântica, cerrado, matas ciliares, campos e campos de altitude. Madeira de altíssima qualidade era farta na época como: jacarandá rosa, aroeira, candeia, óleo bálsamo, pombeiro, cedro, pinheiro e etc.
A fauna é riquíssima, possuindo diversas espécies algumas endêmicas: capivara, paca, jacu, jacutinga, perdiz, pombas, paturi, veado campeiro, seriema, onça parda e pintada, jaguatirica, irara, lontra, macacos e sagüis, vários peixeis como: dourado, lambari, piau, tubarana, mandi, bagre, capinheiro, curimba, pirapitinga, traíra, cascudo e etc.
As terras são muito boas para plantar e criar animais. O único problema que o agro pecuarista enfrenta é a forte seca do inverno, chegando a ficar quase seis meses sem chuva.
Vários casos e lendas aconteceram nessa região durante esses 300 anos de história. Guerras como a dos Emboabas, revoltas como a dos escravos, vinganças como a do Januário Garcia, prosperidade como a dos bandeirantes, riquezas como a dos grandes fazendeiros, assombrações como a do cachorro com a boca vermelha, mitos, lembranças, recordações e histórias inexplicáveis como as luzes do céu.
Essa região possui serras que chegam a mais de 1500 metros de altitude. Tem rios importantes como: rio Grande, rio Capivari, rio das Mortes, rio Aiuruoca, rio Pitangueiras, rio Ingaí e etc. A temperatura varia entre 0º e 35º, podendo variar para mais ou menos dependendo do local analisado. A sensação térmica no inverno pode chegar abaixo de zero nas zonas mais frias.
As serras são belíssimas, com muitos picos e escarpas. Estas chegam a ter mais de 150 metros de paredão. Rochas de quartzitos, arenito e magmáticas são muito encontradas na região. Pedras ferro e de laje serviram para fazerem muros e alicerces na região.
Esse sertão também possui muita água de qualidade. Água cristalina e belíssimas cachoeiras.
A vegetação é de mata atlântica, cerrado, matas ciliares, campos e campos de altitude. Madeira de altíssima qualidade era farta na época como: jacarandá rosa, aroeira, candeia, óleo bálsamo, pombeiro, cedro, pinheiro e etc.
A fauna é riquíssima, possuindo diversas espécies algumas endêmicas: capivara, paca, jacu, jacutinga, perdiz, pombas, paturi, veado campeiro, seriema, onça parda e pintada, jaguatirica, irara, lontra, macacos e sagüis, vários peixeis como: dourado, lambari, piau, tubarana, mandi, bagre, capinheiro, curimba, pirapitinga, traíra, cascudo e etc.
As terras são muito boas para plantar e criar animais. O único problema que o agro pecuarista enfrenta é a forte seca do inverno, chegando a ficar quase seis meses sem chuva.
Vários casos e lendas aconteceram nessa região durante esses 300 anos de história. Guerras como a dos Emboabas, revoltas como a dos escravos, vinganças como a do Januário Garcia, prosperidade como a dos bandeirantes, riquezas como a dos grandes fazendeiros, assombrações como a do cachorro com a boca vermelha, mitos, lembranças, recordações e histórias inexplicáveis como as luzes do céu.
CAUSOS E LENDAS DO SERTÃO DE CARRANCAS
CAUSOS E LENDAS DO SERTÃO DAS CARRANCAS
NOTA PRELIMINAR
GUSTAVO RIBEIRO: Vida
Gustavo Henrique Teixeira Ribeiro nasceu aos 23 de novembro de 1980, em Brasília Distrito Federal. A sua família de extração luso-mineira, aí se instalara, no começo do século XVIII, atraída pela terra e por causa da constante ameaça de erupção vulcânica e terremotos que em 1672 havia destruído a povoação de Feteira, ilha do Faial, Arquipélago do Açores, a 1400 km de Lisboa.
NOTA PRELIMINAR
GUSTAVO RIBEIRO: Vida
Gustavo Henrique Teixeira Ribeiro nasceu aos 23 de novembro de 1980, em Brasília Distrito Federal. A sua família de extração luso-mineira, aí se instalara, no começo do século XVIII, atraída pela terra e por causa da constante ameaça de erupção vulcânica e terremotos que em 1672 havia destruído a povoação de Feteira, ilha do Faial, Arquipélago do Açores, a 1400 km de Lisboa.
POR QUE A VIDA?
Se você já procurou esta pergunta no google e não encontrou, não fique aflito, pois você irá encontrar a essa resposta aqui.
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